A pulpotomia é um procedimento odontológico de preservação pulpal que tem como objetivo tratar e preservar a vitalidade da polpa dentária em casos de lesões extensas ou profundas. É uma técnica amplamente utilizada na odontopediatria, especialmente em dentes decíduos, mas também pode ser realizada em dentes permanentes jovens. A pulpotomia é indicada quando a cárie ou a lesão atingem a polpa dentária, mas ainda não há envolvimento do ápice radicular. Neste artigo, discutiremos os fundamentos e indicações da pulpotomia, bem como técnicas avançadas para sua execução eficiente.

Introdução à Pulpotomia: Fundamentos e Indicações

A polpa dentária é um tecido vital que contém nervos, vasos sanguíneos e células responsáveis pela nutrição e reparo do dente. Quando ocorre uma lesão extensa ou profunda, como cárie profunda ou trauma, a polpa pode ser comprometida, resultando em inflamação ou infecção. A pulpotomia é um procedimento que visa remover a parte afetada da polpa, preservando a porção saudável e vital.

A pulpotomia é indicada quando a lesão atinge a polpa dentária, mas ainda não há envolvimento do ápice radicular. É um procedimento comumente realizado em dentes decíduos, também conhecidos como dentes de leite, pois esses dentes são temporários e desempenham um papel importante no desenvolvimento e função adequada dos dentes permanentes. Além disso, a pulpotomia também pode ser realizada em dentes permanentes jovens, quando há a possibilidade de preservação da vitalidade pulpar.

Técnicas Avançadas para Execução Eficiente da Pulpotomia

A execução eficiente da pulpotomia requer conhecimento técnico e habilidades adequadas. Existem diferentes técnicas que podem ser utilizadas, dependendo do dente e da extensão da lesão. A técnica mais comum é a pulpotomia coronária, na qual a polpa coronária é removida e um material obturador é colocado para selar o dente.

Outra técnica avançada é a pulpotomia radicular, que é realizada quando a lesão atinge a polpa radicular. Nesse caso, a parte afetada da polpa é removida e um material obturador é colocado no canal radicular. Essa técnica é mais complexa e requer um bom conhecimento da anatomia radicular e habilidades específicas para sua execução adequada.

Além disso, o uso de materiais biocompatíveis e técnicas de isolamento absoluto são essenciais para garantir o sucesso da pulpotomia. A escolha do material obturador também é importante, sendo o hidróxido de cálcio e o MTA (Aggregatibacter actinomycetemcomitans) os mais comumente utilizados.

A pulpotomia é um procedimento odontológico eficaz para preservar a vitalidade pulpar em casos de lesões extensas ou profundas. Com o avanço das técnicas e materiais, é possível obter resultados satisfatórios e aumentar a expectativa de vida dos dentes afetados. No entanto, é fundamental que o profissional odontológico tenha conhecimento técnico e habilidades adequadas para a execução eficiente da pulpotomia, garantindo assim o sucesso do procedimento. A pulpotomia continua sendo uma opção segura e eficaz para preservar a saúde bucal e o desenvolvimento adequado dos dentes decíduos e permanentes jovens.